Islam X Secularismo

No dicionário Webster, secularismo é definido como "um sistema de doutrinas e práticas que rejeitam qualquer forma de fé religiosa e adoração", ou como "a crença de que a religião e as questões eclesiásticas não devem fazer parte das funções do estado, principalmente no que se refere à educação pública."

Não há dúvida de que o secularismo contraria o Islam em todos os aspectos. São dois caminhos diferentes que nunca se encontram, e escolher um implica em rejeitar o outro. Portanto, aquele que escolhe o Islam tem que rejeitar o secularismo. A seguir, detalhamos as razões.

1. Primeiro, o secularismo legisla sobre o que Deus tornou ilícito.

A Lei de Deus (Chari'ah) é compulsória e tem leis e regulamentos básicos que não podem ser alterados. Algumas dessas leis são referentes aos atos de adoração, as relações entre homens e mulheres, etc.

Qual é a posição em relação a essas leis?

O secularismo permite o adultério, desde que o homem e a mulher sejam adultos. Quanto à Riba (juros sobre o dinheiro), ela é a base de todas as transações financeiras nas economias seculares. Contrariamente a isto, diz Deus: "Ó fiéis, temei a Deus e abandonai o que ainda vos resta da usura, se sois crentes! Mas, se tal não acatardes, esperai a hostilidade de Deus e do Seu Mensageiro." (Alcorão Sagrado 2:278-279)

Quanto ao álcool, todos os sistemas seculares permitem o consumo do álcool, e o seu comércio é uma atividade lícita.

2. Em segundo lugar, o secularismo é uma   descrença (kufr) evidente.

O secularismo se fundamenta na separação da religião de todas as questões da vida e, por isso, governa com leis e regulamentos diferentes das leis de Deus. Portanto, o secularismo rejeita as normas de Deus sem exceção e não aceita as leis que vêm de Deus e de Seu mensageiro. Na verdade, muitos secularistas afirmam que as leis de Deus foram adequadas para a época em que elas foram reveladas, mas que atualmente estão desatualizadas.

Como resultado, muitas das leis que governam o cotidiano da vida nos países governados por sistemas seculares contrariam o Islam. Diz Deus: "Anseiam, acaso, o juízo do tempo da insipiência? Quem é melhor juiz do que Deus, para os persuadidos?" (Alcorão Sagrado 5:50)

Ibn Kathir disse, em seu tafsir (comentário) a este versículo, que Deus condena aquele que rejeita Suas normas e aceita outras que não as baseadas na Shari'ah de Deus. Aquele que assim faz é um descrente. De fato, a crença em Deus não combina com a aceitação de outras normas que não sejam as Dele. Diz Deus: "Aqueles que não julgarem, conforme o que Deus tem revelado, serão incrédulos." (Alcorão Sagrado 5:44)

Do exposto acima, a posição do secularismo e sua relação com o Islam são claras. Mas o desconhecimento sobre a verdade islâmica ainda domina a mente do muçulmano. Muitos sistemas seculares repetem slogans como "sem religião na política e sem política na religião", ou "religião é para Deus e o estado para o povo."

Ditos como estes retratam a visão do Islam como uma religião para ser praticada nas mesquitas apenas, e que, fora da delas, o Islam não deve legislar sobre a vida. Além do mais, eles tentam enganar o povo com slogans democráticos, tais como "liberdade pessoal" e "povo governa povo", donde se conclui que o povo vem em primeiro lugar e que não há espaço para a lei de Deus.

Por isso que o secularismo é kufr, por isso que os sistemas seculares não têm legitimidade e autoridade, por isso que devem ser rejeitados pelos muçulmanos.

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