Livro Da Boa Educação e Das Boas Maneiras
Ibn Omar (R.A.A), reatou que o Mensageiro de Deus passou por um homem dos ansar que estava aconselhando o irmão à não ser muito modesto ou acanhado. O Profeta disse:
“Deixa-o, uma vez que a modéstia e o acanhamento fazem parte da fé”. (Bukhari e Muslim)
Imran Ibn Hushain (R.A.A.), relatou que o Mensageiro de Deus disse:
“O pudor e o recato nada podem ocasionar senão o bem”. (Bukhari e Muslim)
Abu Huraira (R.A.A.) contou que o Mensageiro de Deus disse:
“A fé de sessenta ou de setenta e tantos graus; o mais sublime deles é o testemunho de que não há outra divindade além de Deus; e o menor é o ato de se retirar os obstáculos do caminho. Contudo, sabei que o pudor e o recato constituem uns dos graus da fé”. (Bukhari e Muslim)
Abu Said al Kudri (R.A.A.) narrou que o Mensageiro de Deus tinha mais pudor e acanhamento que uma virgem na noite de suas bodas nos seus aposentos. Por isso, dávamo-nos conta de qualquer coisa se que o desgostasse. (Bukhari e Muslim)
O Respeito aos Pactos, e o Cumprimento das Promessas
Deus, louvado seja, disse:
“Cumpri o convencionado, porque o convencionado será reivindicado”. (17:34)
E, louvado seja, disse também:
“Cumpri o pacto com Deus se o houverdes feito”. (16:91)
E, louvado seja, disse mais:
“Ó crentes, cumpri com vossas obrigações”. (5:1)
E, louvado seja, disse mais ainda:
“Ó crentes, por que dizeis o que não fazei? É enormemente odioso perante Deus, dizerdes o que não fazeis”. (61: 2-3)
Abu Huraira (R.A.A.) narrou que o Mensageiro de Deus disse:
“O hipócrita será reconhecido por três instâncias: quando conta algo, mente; quando se compromete com algo, não cumpre, e quando nele se confia, trai a confiança”. (Bukhari e Muslim)
Abdullah Ibn Amr al Aas (R.A.A.), relatou que o Mensageiro de Deus disse:
“Existem quatro características (para se conhecer a hipocrisia); quem as tiver será um autêntico hipócrita, e quem tiver só uma delas terá a característica de hipocrisia, até que a abandone: Caso se confie nele, trai a confiança; se contar algo, mente, se faz um pacto, viola-o; e se tem alguma diferença com alguém, age com perversidade”. (Bukhari e Muslim)
Jáber (R.A.A.) contou que em certa ocasião, o Profeta lhe disse:
“Se tivesse chegado o capital vindo de Bahrain, ter-te-ia dado tanto e tanto”. Porém, o Profeta morreu antes que o provento chegasse. Quando o tal provento chegou a Madina, Abu Bakr (R.A.A.) fez o chamamento: “Que nos venha ver aquele a quem o Mensageiro de Deus lhe haja prometido algo, ou que com ele tinha divida”. Assim, foi vê-lo, e lhe contou que o Profeta lhe havia dito isto e aquilo. Então Abu Bakr pegou umas moedas com ambas as mãos e lhas entregou. Contou-as, e viu que eram quinhentos dirhams. Em seguida, Abu Bakr disse a Jáber: “Toma! É o dobro do prometido”. (Bukhari e Muslim)
A Perseverança e a Manutenção dos Bons Atos
Deus, louvado seja, disse:
“Deus jamais mudará as condições que concedeu a um povo, a menos que ele mude o que tem em seu íntimo”. (13: 11)
E, louvado seja, disse também:
“E não imiteis aquela (mulher) que desfiava sua roca depois de havê-la retorcido profusamente”. (16: 92)
E, louvado seja, disse ainda:
“Que não sejam como os que antes receberam o Livro. Porém, longo tempo passou sobre eles, endurecendo-lhes os corações”. (57:16)
E, louvado seja, disse mais:
“Porém, não o observaram devidamente”. (57:27)
Abdullah Ibn Amr Ibn al Aas (R.A.A.) narrou que o Mensageiro de Deus lhe disse:
“Ó Abdullah, ano sejas como fulano, que costumava levantar-se durante a noite orar, e depois deixou de fazer”. (Bukhari e Muslim).
O Guarda dos Segredos
Deus louvado seja, disse:
“Cumpri o convencionado, porque o convencionado será reivindicado”. (17:34)
Abu Said al Kudri (R.A.A.) relatou que o Mensageiro de Deus disse:
“Ocupará o pior lugar, junto a Deus, no último Dia, o homem que se deitar com sua mulher, e relatar aos outros a sua intimidade conjugal, tornando público os segredos da alcova”. (Muslim)
Aicha (R.A.A.) contou que ela mais as outras esposas do Profeta estavam, certa ocasião, sentadas na presença dele. Em dado momento, viram que a filha dele, Fátima, se encaminhava em sua direção. Sua maneira de andar era idêntica à do Mensageiro de Deus. Quando a viu, saudou-a carinhosamente e lhe disse:
“Minha filha, bem vinda sejas!” Então a convidou a se sentar, à sua direita ou à sua esquerda, e lhe sussurrou algo no ouvido; ela se pôs a chorar. Quando ele observou a grande dor, voltou a sussurrar-lhe ao ouvido, e ela pôs a rir. Depois lhe disseram: “Ó Fátima, és única entre as mulheres, pois o Mensageiro de Deus jamais sussurrou a nenhuma pessoa um segredo! Por que então choraste?” Pouco depois, o Mensageiro de Deus se levantou e se foi. Então perguntaram para Fátima: “Que foi que te disse o Mensageiro de Deus?” Ela respondeu: “Não serei eu quem revelará os segredos do Mensageiro de Deus”. Quando o Mensageiro de Deus morreu, voltaram a perguntar a ela: “Por que não nos contas o que o Profeta te disse naquela ocasião?” Disse: “Agora, sim, o farei. A primeira vez que me sussurrou foi para dizer: ‘O Arcanjo Gabriel vinha todos os anos, pelo menos uma vez, para escutar a recitação do Alcorão feita por mim; porém, este ano, veio dias vezes para a escuta da recitação. Por isso, sinto que o final da minha vida se aproxima. Assim sendo, teme a Deus e em paciência, pois fui o melhor predecessor para ti’. Foi quando me vistes chorar. Mas quando notou o meu pesar, sussurrou a segunda vez, dizendo-me: ‘Ó Fátima, não gostaria de ser a primeira dama dentre as crentes, ou ser a primeira dama dentre as mulheres desta nação?’ Foi quando me viste rir’”. (Muslim)
O Respeito aos Pactos, e o Cumprimento das Promessas
Deus, louvado seja, disse:
“Cumpri o convencionado, porque o convencionado será reivindicado”. (17:34)
E, louvado seja, disse também:
“Cumpri o pacto com Deus se o houverdes feito”. (16:91)
E, louvado seja, disse mais:
“Ó crentes, cumpri com vossas obrigações”. (5:1)
E, louvado seja, disse mais ainda:
“Ó crentes, por que dizeis o que não fazei? É enormemente odioso perante Deus, dizerdes o que não fazeis”. (61: 2-3)
Abu Huraira (R.A.A.) narrou que o Mensageiro de Deus disse:
“O hipócrita será reconhecido por três instâncias: quando conta algo, mente; quando se compromete com algo, não cumpre, e quando nele se confia, trai a confiança”. (Bukhari e Muslim)
Abdullah Ibn Amr al Aas (R.A.A.), relatou que o Mensageiro de Deus disse:
“Existem quatro características (para se conhecer a hipocrisia); quem as tiver será um autêntico hipócrita, e quem tiver só uma delas terá a característica de hipocrisia, até que a abandone: Caso se confie nele, trai a confiança; se contar algo, mente, se faz um pacto, viola-o; e se tem alguma diferença com alguém, age com perversidade”. (Bukhari e Muslim)
Jáber (R.A.A.) contou que em certa ocasião, o Profeta (S.A.A.S.) lhe disse:
“Se tivesse chegado o capital vindo de Bahrain, ter-te-ia dado tanto e tanto”. Porém, o Profeta morreu antes que o provento chegasse. Quando o tal provento chegou a Madina, Abu Bakr (R.A.A.) fez o chamamento: “Que nos venha ver aquele a quem o Mensageiro de Deus lhe haja prometido algo, ou que com ele tinha divida”. Assim, foi vê-lo, e lhe contou que o Profeta lhe havia dito isto e aquilo. Então Abu Bakr pegou umas moedas com ambas as mãos e lhas entregou. Contou-as, e viu que eram quinhentos dirhams. Em seguida, Abu Bakr disse a Jáber: “Toma! É o dobro do prometido”. (Bukhari e Muslim)
A Perseverança e a Manutenção dos Bons Atos
Deus, louvado seja, disse:
“Deus jamais mudará as condições que concedeu a um povo, a menos que ele mude o que tem em seu íntimo”. (13: 11)
E, louvado seja, disse também:
“E não imiteis aquela (mulher) que desfiava sua roca depois de havê-la retorcido profusamente”. (16: 92)
E, louvado seja, disse ainda:
“Que não sejam como os que antes receberam o Livro. Porém, longo tempo passou sobre eles, endurecendo-lhes os corações”. (57:16)
E, louvado seja, disse mais:
“Porém, não o observaram devidamente”. (57:27)
Abdullah Ibn Amr Ibn al Aas (R.A.A.) narrou que o Mensageiro de Deus lhe disse:
“Ó Abdullah, ano sejas como fulano, que costumava levantar-se durante a noite orar, e depois deixou de fazer”. (Bukhari e Muslim).
A Recomendação das Boas Palavras e a Manutenção do Rosto Sorridente aos Nos Encontrarmos com os Amigos
Deus, louvado seja, disse:
“... e abaixa as asas para os crentes”. (15:88)
E, louvado seja, disse também:
“Tivesses tu sido insociável ou de coração insensível, eles se teriam afastado de ti”. (3:159)
Abu Zar (R.A.A.) relatou que certa ocasião o Mensageiro de Deus lhe disse:
“Não descures praticar qualquer ato de benevolência, nem que seja o de receberes um irmão com semblante alegre”. (Muslim)
A Recomendação da Clareza ao Falarmos, e a Explicação das Palavras, Repetindo-as, se Necessário, Para Elucidação
Anãs (R.A.A.) contou que sempre o Profeta falava, repetia três vezes as suas palavras e, quando saudava as pessoas, também repetia três vezes a saudação. (Bukhari)
O Prestarmos Atenção no que Diz o Nosso Interlocutor; a Demanda, da Parte de Um Sábio, da Atenção da Assistência
Jarir Ibn Abdullah (R.A.A.) relatou que, na peregrinação de adeus, o Mensageiro de Deus lhe disse:
“Dize à gente que escute!” Em seguida, disse: “Não vos torneis, depois da minha morte, incrédulos, matando-vos uns aos outros”. (Bukhari e Muslim).
A Exortação; a Moderação Quanto a Ela
Deus, louvado seja, disse:
“Convoca (os humanos) à senda de teu Senhor com sabedoria e bela exortação”. (16: 124)
Muawiya Ibn al Hacam al Sulami (R.A.A.) contou:
“Encontrava-me, certa ocasião, praticando a oração juntamente com o Mensageiro de Deus, quando um homem espirrou. Então eu disse: ‘Que Deus tenha misericórdia de ti!’ Aí as pessoas me olharam de soslaio, e eu falei: ‘Que disse mal? Por que me olhais assim?’E as pessoas fizeram sinal para que me calasse, e me calei. Com certeza, jamais vi, em minha vida, um melhor mestre que o Mensageiro de Deus, pois uma vez terminada a oração, dirigiu-se a mim sem me repreender, me insultar ou me bater, mas me disse: ‘Durante a oração, não fica bem a gente falar com as palavras ordinárias do povo, pois tal expediente é apenas para louvarmos e glorificarmos a Deus, além de recitarmos o Alcorão’. Disse eu: ‘Ó Mensageiro de Deus, bem sabes que acabo de deixar a ignorância, porque Deus me enviou a religião do Islam e acontece que, entre o meu povo, ainda tem gente que procura os astrólogos para os consultar. Que posso”. fazer?’ Respondeu: ‘Não os vás consultar!’ Perguntei: ‘E quanto àqueles que pressagiam mau agouro?’Respondeu: ‘Esse é um sentimento que têm dentro de si, porém, não devem ser influenciados por isso “. (Muslim)
Al Irbad Ibn Sária (R.A.A.) narrou:
“ Certa ocasião, o Mensageiro de Deus nos exortou com umas palavras que sobrecarregavam os nossos corações, e fizeram com que derramássemos lágrimas. Dissemo-lhe que parecia ser seu último sermão. Ele então nos dirigiu algo mais como admoestação. Disse: ‘Admoesto-vos a temerdes a Deus (devido às vossas obrigações para com Ele) e ouvirdes e obedecerdes mesmo um escravo que poderia ser designado como autoridade sobre vós. Aqueles que sobreviverem depois de min verão muitas diferenças. Deveis seguir a minha sunna e as praticas, de meus bem orientados sucessores. Apegai-vos esses preceitos e tradição e afastai-vos das inovações na religião, porque cada inovação é um extrevio”. (Abu Dauod)
A Dignidade, o Auto-respeito e o Sossego
Deus, louvado seja, disse:
“E os servos do Clemente são aqueles que andam pacificamente pela terra e, quando os insipientes lhes falam, dizem: Paz!” (25: 63).
Aicha (R.A.A.) relatou:
“Jamais vi o Mensageiro de Deus dar-se a gargalhadas a ponto de que se lhe vissem a úvula, de tanto rir; apenas sorria”. (Bukhari e Muslim)
O Atendimento à Oração e aos Estudos e ao Conhecimento com Dignidade e Sossego
Deus, louvado seja, disse:
“Quem enaltecer os símbolos de Deus, saiba que tal (enaltecimento) partirá de quem possuir piedade no coração”. (22: 32)
Abu Huraira (R.A.A.) contou que o Mensageiro de Deus disse:
“Quando a oração (congregacional) for iniciada, não corras para ela, mas vai andando normalmente, com calma e dignidade, junta-se à oração no estágio em que estiver, e completa, então, as partes perdidas”. (Bukhari e Muslim).
A Generosidade e a Hospitalidade Para com os Convidados
Deus, louvado seja, disse:
“Tens ouvido (ó Mensageiro) a história dos honoráveis de Abraão? Quando se apresentaram a ele e disseram: Paz! Respondeu-lhes: Paz! (E pensou): “São gente desconhecidos. E voltou-se rapidamente até os seus, e trouxe (na volta) um bezerro cevado. Que lhes ofereceu... Disse (ante a hesitação deles): Não comeis?”(51: 24-27).
E, louvado seja, disse também:
“E se povo, que desde antanho havia cometido obscenidades, acudiu precipitadamente a ele; (Lout) disse: Ó povo meu, eis aqui minhas filhas; elas vos são mais lícitas. Temei, pois a Deus e não me avilteis perante meus hóspedes. Não haverá entre vós um homem sensato?”(11: 78)
Abu Huraira (R.A.A.) contou que o Mensageiro de Deus disse:
“ Quem crê verdadeiramente em Deus e no Último Dia deve ser generoso com seus convidados; quem crê verdadeiramente em Deus e no Último Dia deve cuidar dos seus laços consangüíneos; e quem crê em Deus e no Último Dia deve falar correta e brandamente, ou ficar calado”. (Bukhari e Muslim).
A Recomendação do Anúncio das Boas Novas e a Felicitação Pelos Bons Acontecimentos
Deus, louvado seja, disse:
“Alvíssaras, pois, a Meus servos. Que escutam as palavras e seguem o melhor (significado) delas!”(39:17-18)
E, louvado seja, disse também:
“Seu Senhor alvíssara boas novas com Sua misericórdia, Sua complacência, e lhes proporcionará jardins onde gozarão de eterno prazer”. (9:21)
E, louvado seja, disse ainda:
“Regozijai-vos com o Paraíso que vos está prometido!”(41:30).
E, louvado seja, disse ainda mais:
“E o alvissaramos com o nascimento de uma criança (que seria) dócil”. (37:101)
E, louvado seja, disse, todavia:
“E eis Nossos mensageiros trouxeram a Abraão alvíssaras boas novas”. (11:69)
E, louvado seja, disse, contudo:
“E sua mulher, que estava presente, pôs-se a rir, pois alvissaramo-la cm o nascimento de Isac e, depois, deste, com o Jacob”. (11: 71)
E, louvado seja, continuou:
“Os anjos o chamaram enquanto rezava no oratório, dizendo-lhe: Deus te alvíssara com o nascimento de João”. (3:39)
E, louvado seja, foi além:
“E de quando ao anjos disseram: Ó Maria, por certo que Deus te alvíssara novas felizes com seu Verbo, cujo nome será o de Messias”. (3: 45).
Abdullah Ibn Abu Aufa (R.A.A.) narrou que o Mensageiro de Deus "anunciara a Khadija (R.A.A.) a boa nova de que teria, no Paraíso, uma casa feita de pérolas esponjosas, onde não ouvia ruído algum, nem sentiria cansaço”. (Bukhari e Muslim).
Abu Mussa al Achari (R.A.A.) relatou que, em certa ocasião, após ter feito a ablução, saiu dizendo:
“Gostaria de estar todo o dia de hoje em companhia do Mensageiro de Deus”. Assim, dirigiu-se para a mesquita e aí perguntou pelo Profeta, e lhe disseram que havia ido por tal direção. Disse Al Achari: Segui-lhe os passos, sempre perguntado por ele, até que o vi entrar no horto do distrito de Aris. Esperei que terminasse de fazer suas necessidades e sua ablução. Entrei lá quando ele se encontrava sentado na beira do açude, tendo as pernas submersas na água. Saudei-o e, em seguida, voltei à porta, e disse para comigo: ‘Hoje serei o porteiro do Mensageiro de Deus’. Entrementes, chegou Abu Bakr (R.A.A.), que empurrou a porta, e eu perguntei quem era. Ele respondeu: ‘Abu Bakr’. Disse-lhe que esperasse um momento. Fui ter com o Profeta, e lhe disse: ‘Ó Mensageiro de Deus, é Abu Bakr pedindo permissão para entrar’. Disse ele: ‘Deixa-o entrar, e anuncia-lhe a boa nova de que entrará no Paraíso!’ Voltei, e disse para Abu Bakr: ‘Entra! Ademais, o Mensageiro de Deus te anuncia a boa nova de que estará no Paraíso!’Abu Bakr entrou e se sentou à direita do Profeta (a paz e as bênçãos de Deus estejam com ele). Voltei à porta e me sentei, pois havia deixado meu irmão fazendo ablução, e me dizia: ‘Se Deus quiser ele (seu irmão) haverá de vir aqui’. Naquele momento, uma pessoa mexeu a porta. Perguntei quem era. Respondeu: ‘Omar Ibn al Khattab’. Disse-lhe que esperasse um momento. Dirigi-me até o Mensageiro de Deus, saudei-o, e lhe disse que se tratava de Omar Ibn al Khattab pedindo permissão para entrar. Disse: ‘Deixa-o entrar, e anuncia-lhe a boa nova de que estará no Paraíso!’ voltei até onde estava Omar, e lhe disse: ‘O Mensageiro de Deus te dá permissão para entrar, e te anuncia a boa nova de que estarás no Paraíso’. Omar entrou, e se sentou à esquerda do Profeta, e também pôs as pernas na água.Em seguida voltei para a porta, e me sentei, dizendo para comigo: ‘Se Deus desejar o bem para fulano (seu irmão), fa-lo-á vir. ‘Naquele momento, uma pessoa mexeu na porta, e eu perguntei quem era. Respondeu: ‘Osman Ibn Affan’. Disse-lhe que esperasse um momento. Fui ter com o Profeta, e lhe disse de quem se tratava. Disse ele: ‘Deixa-o entrar, e anuncia-lhe a boa nova de que estará no Paraíso, com uma desgraça por que passará’. Voltei, e lhe disse: ‘O Mensageiro de Deus disse que entres, e te anuncia a boa nova de que estarás no Paraíso, com uma desgraça por que passarás’. Osman entrou, e notou que a beirada estava cheia; desse modo, sentou-se na outra beirada, em frente a eles. (Bukhari e Muslim)
Ibn Chumasa contou que ele e outras pessoas foram visitar Amru Ibn al Aas (R.A.A.), que se encontrava a ponto de morrer. Chorou muito, e voltou o rosto para a parede. Seu filho exclamou: “Ó pai, não te lembras de que o Mensageiro de Deus te anunciou a boa nova de tal e tal coisa?” Amru os olhou, e disse:
“O melhor que temos conseguido é o testemunho de que não há outra divindade além de Deus, e de que Muhammad é o Mensageiro de Deus. A verdade é que passei por três diferentes situações: Eis que me vi numa disposição em que ninguém odiava tanto o Profeta quanto eu. E eis que nada daria mais prazer do que o de matá-lo. Se tivesse morrido naquela ocasião, iria contar-me entre os habitantes do inferno. Porém, quando Deus pôs o Islam no meu coração, fui ter com o Profeta, e lhe disse: ‘Dá-me a tua mão direita para receberes o meu testemunho e o meu compromisso para contigo!’Porém, quando estendeu a mão direita, retirei a minha. Então me perguntou: ‘Ó Amru, que aconteceu?’Disse eu: ‘Gostaria que me concedesses uma condição’. Perguntou: ‘E que condição é essa?’ Respondi: ‘Que eu seja perdoado!’Disse ele: ‘Não sabes, acaso, que o Islam apaga todo o passado, quando a pessoa o abraça? Que a emigração apaga tudo o que ocorreu anteriormente a ela? E que a peregrinação apaga tudo o que se passou anteriormente a ela?’ Foi assim que o Mensageiro de Deus se tornou para mim à pessoa mais queria a excelsa. Inclusive, não podia olha-lo detidamente, por lhe ter muita consideração. E se alguém me pedisse a sua descrição, não a poderia dar, uma vez que nunca o havia olhado detidamente. Se me tivesse chegado à morte naquela situação, poderia ter tido a esperança de ser um dos habitantes do Paraíso. Então me foram designados umas responsabilidades, e não sei se as desempenhei a contento. Quando eu morrer, não quero que nenhuma carpideira (mulher que chora num funeral) siga o meu féretro, ou que este seja acompanhado de fogos. Na hora de me enterrarem, que a terra seja esparramada pouco a pouco. Então que aguardem um pouco à minha tumba, o tempo suficiente para que um camelo seja sacrificado, e a sua carne distribuída entre pobres. Desse modo, gozarei da vossa companhia, ao mesmo tempo em que revisarei o que terei de responder ante os mensageiros do meu Senhor”. (Muslim).
A Despedida de um Amigo, e os Conselhos Oferecidos Nessa Ocasião. A Prece por ele e a Solicitação da Sua Prece
Deus, louvado seja, disse:
“Abraão legou esta crença a seus filhos, e Jacob aos seus, dizendo-lhes: Ó filhos meus, Deus vos legou esta religião; apegai-vos a ela para que morrais muçulmanos. Não estáveis presentes quando a morte se apresentou a Jacob, que perguntou a seus filhos: Que adorareis após a minha morte? Responderam-lhe: Adoraremos o teu Deus e O de teu pai: Abraão, Ismael e Isaac; o Deus Único, a Quem nos submeteremos”. (2: 132: 133).
Málek Ibn al Hauries (R.A.A.) norrou:
“Éramos um grupo de jovens, mais ou menos da mesma idade, a visitarmos o Mensageiro de Deus com a disposição de estarmos em sua companhia, bem como aprendermos os ensinamentos do Islam. Permanecemos em sua companhia uns vinte dias. Era uma pessoa tão misericordiosa e afável, que chegou q pensar que tínhamos saudades das nossas famílias. Perguntou-nos acerca delas, e nós lhe falamos da nossa situação. Então nos disse: ‘Voltei para vossas famílias, e permanecei com elas! Ensinai-lhe e dirigi-as! Realizai tal oração a tal hora; e, quando for tempo de uma oração, que um de vós faça o chamamento à oração, e que encabece o mais idoso dentre vós!’” (Bukhari e Muslim)
Omar Ibn al Khattab (R.A.A.) disse:
“Eu pedi ao Profeta permissão para realizar a ´Umra. Concedeu-me a sua permissão, e disse: ‘Irmão meu, não te esqueça de rogar por nós outros’. Essas palavras me fizeram mais ditoso do que se tivesse tudo o que há neste mundo”. (Abu Daoud e Trimizi)
Anas (R.A.A.) relatou que, em certa ocasião, acercou-se do Profeta um homem, dizendo:
“Ó Mensageiro de Deus, Gostaria de sair de viagem, mas desejaria que implorasses a Deus por mim”! Disse o Profeta: “Que Deus te conserve a devoção”! Mas o homem continuou: “Algo mais”! Disse: “E que facilite o bem onde estiveres!”. (Tirmizi)
A Busca da Diretriz Divina; a Consulta com Outros
Deus, louvado seja, disse:
“Aceita seus conselhos nos assuntos (do momento)”. (3:159)
E, louvado seja, disse também:
“Resolvem seus assuntos em consulta”. (42:38)
Jáber (R.A.A.) relatou que o Mensageiro de Deus ensinava às pessoas a imploração a Deus, que pedissem o Seu beneplácito em todos os seus assuntos, e lhes ensinava a fazê-lo, do mesmo modo como lhes ensinava os versículos do Alcorão. Dizia:
“Quando tiverdes intenção de fazer algo, rezai duas racát(geneflexão) que não sejam das orações obrigatórias, e, em seguida, suplicai: ‘Senhor, solicito Tua ajuda para tal expediente, mediante o Teu conhecimento, Teu pode e Teu imenso benefício, pois que Teu é o poder, e eu não o tenho; e Teu é o conhecimento, e eu não o tenho. Tu és Quem conhece o incognoscível. Senhor, se é do Teu desígnio que este assunto seja para o meu bem, em minha religião, na minha vida presente e na futura, faze com que o mesmo seja possível, facilitado e bendito. Porém, se for do Teu desígnio que este assunto seja mau para mim, em minha religião, na minha vida presente e futura, então afasta-o de mim, e afasta-me dele. E destina-me o bem, onde quer que me encontre, e que me sinta satisfeito com ele’. Então verbaliza aquilo de que necessitas!”. (Bukhari).
A Recomendação da Saída por um Caminho e a Volta por Outro, ao Irmos Assistir as Festas Religiosas, Visitar um Enfermo, Peregrinar a Makka, Lutar Pela Causa de Deus ou Assistir a um Funeral
Jáber (R.A.A.) contou:
“Por ocasião do Eid (festividade), o Profeta ia para a mesquita por um caminho e voltava por outro diferente”. (Bukhari).
Inb Omar (R.A.A.) narrou que o Mensageiro de Deus, quando queria sair de Madina, tomava o caminho de Chajara, e voltava pelo pórtico norte, e saía pelo pórtico sul. (Bukhari).
A Recomendação do Uso da Mão Direita em Todos os Bons Atos
Deus, louvado seja, disse:
“Então, aquele a quem for entregue seu registro na destra, dirá: Ei-lo aqui! Lede meu registro”. (69: 19)
E, louvado seja, disse também:
“O dos que estiverem à mão direita – E quem são os que estarão à mão direita? O dos que estiverem à mão esquerda – E quem são os que estarão à mão esquerda?” (56:8-9).
Aicha (R.A.A.) relatou:
“O Mensageiro de Deus gostava de usar a mão direita em tudo que fazia: para realizar a ablução, para se pentear, para se calçar”. (Bukhari e Muslim).
Aicha (R.A.A.) contou:
“O Mensageiro de Deus usava a mão direita em sua ablução e para comer; e a esquerda, quando terminava suas necessidades ou para se livrar de alguma sujidade”. (Abu Daoud).
Abu Huraira (R.A.A.) narrou que o Mensageiro de Deus disse:
“Quando um de vós quiser se calçar, que comece com o pé direito; e quando quiser se descalçar, que comece com o pé esquerdo. Desse modo, o pé direito será o primeiro a ficar calçado, e o último a ficar descalço”. (Bukhari e Muslim).
Hafsa (R.A.A.) relatou que o Mensageiro de Deus usava a mão direita para comer, beber e se vestir; deixava a esquerda para as outras coisas. (Abu Daoud e Tirmizi).
Abu Huraira (R.A.A.) contou que o Mensageiro de Deus disse:
“Quando quiserdes vestir-vos ou fazer ablução, começai pelo vosso lado direito”. (Abu Daoud e Tirmizi).
Fonte: Livro Riadussalihin Oásis dos Virtuosos
Ditos e Práticas de Muhammad, o Mensageiro de Deus.
Tradução: Professor Samir El Hayek.
Paginas: 129 a 140.